Dia: -29

Metrópoles são sujas
É tanta gente junto
Que todos se livram de si
Nos espaços dos outros
Nos outros.
Nessa loucura qual a “higiene” nos levou
Produzimos cada vez mais lixo
Com o intuito de ficarmos
Cada vez mais limpos
Cada vez mais limpos
jogamos tudo no rio
nas mesmas águas que a velha senhora
Apanha com sua caneca a matéria prima
De sua sopa.
Sopa de letras, de desenhos, logomarcas.
Tanto aqui quanto lá, dá no mesmo
16.000km além será a mesma coisa
O que podemos pensr disto?
o que podemos fazer?
Por que as pessoas não se sentem prontas
para tomar as atitudes que importam?
mesmo estando a sua  frente, as pequenas coisas?
Há palavras e atitudes estampadas a tempos
bem na nossa cara.
reciclagem, reutilização
menor produção de lixo
menos desperdício

Preservar culturas

Como culturas, não como livros ou filmes
Aprender a ser menos complicados.
Esse é o ideal que todo avanço tecnológico.
que criou o plástico, a tetrapak, o computador.
Descomplicar.

Mais de 300 pedaços de vidro, plastico, papel, num raio de 1metro entorno de mim no ponto de ônibus. Faça isso um dia: pare numa esquina, olhe para baixo, conte a quantidade que pequeninos pedaços de lixo que encontra não muito longe dos teus pés. Aqueles pedaços de lacre e enbalagens plásticas, restos de papel ou gardanapo, pampinhas e bitucas e tantas outras coisas que todos jogam no chão todos os dias em maior ou menor grau.

Quase todos.

Não consigo terminar minha contabilidade, meu ônibus chega e estou em 327 objetos, falta muito ainda. Guardo minha bituca no maço e subo no coletivo.

Pequenas coisas que fazemos e geram grandes mudanças. Pequenos lixos que geramos que imundiçam toda uma cidade.

Não poderíamos fazer o contrário?

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